Como
a orquídea de arminho quando nasce,
Sobre
a lama ascorosa refulgindo,
A
brancura das pétalas abrindo,
Como
se a neve alvíssima a orvalhasse;
Qual
essa flor fragrante, como a face
Dum
querubim angélico sorrindo,
Do
monturo pestífero emergindo,
Luz
que sobre negrumes se avistasse;
Assim
também do túmulo asqueroso,
Evola-se
a essência luminosa
Da
alma que busca o céu maravilhoso;
E
como o lodo é o berço vil de flores,
A
sepultura fria e tenebrosa
É o
berço de almas – senda de esplendores.
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932